segunda-feira, 19 de maio de 2014

Tem um barulho irritante no seu carro? Aprenda a identificá-lo

Motorista deve ser parceiro do mecânico e explicar quando surge o ruído.
Barulhos na dianteira são comuns porque lá a suspensão é mais exigida.



Depois de dois anos de uso e dependendo do asfalto de sua cidade, alguns barulhos começam a surgir no carro. Uns são fáceis de serem identificados, outros exigem várias horas de pesquisa e trabalho. Para acabar com eles, não peça para outra pessoa levar o carro ao mecânico: as informações do motorista são cruciais para achar a origem do ruído.

É preciso relatar em que situação ele ocorre, se é em subidas, descidas, esterçando para direita ou esquerda, em velocidade ou devagar, na saída ou parando, com o carro quente ou frio, na retomada ou reduzindo a velocidade, quando você passa em lombadas ou valetas...

Seja parceiro do seu mecânico: dê uma volta junto com ele até que o barulho aconteça. É bom que ele escute e identifique o tipo de barulho: na "língua" dos mecânicos existem rangidos, estalos, ferro com ferro, click, entre outros tipos.

Veja abaixo os ruídos mais comuns, como eles se manifestam e o que podem significar.

BARULHOS NA DIANTEIRA
São os mais comuns, até porque o peso do motor exige mais da suspensão dianteira. Os problemas mais frequentes dizem respeito a amortecedores, molas, bandejas, pivôs e buchas da barra estabilizadora. São ruídos comuns e facilmente identificados através de uma inspeção visual.
Os ruídos intermitentes estão relacionados a determinadas situações, como torções, subidas, valetas ou mesmo a combinação delas. Confira exemplos:


  1. Pinos do cavalete das pinças de freio. Geralmente o ruído acontece quando você pisa no freio levemente.
  2. Folga na fixação dos amortecedores: também acontece quando esterçamos o volante e passamos em lombada ou valeta.
  3. Coxim do motor quebrado. Dependendo de cada modelo, o motor é apoiado por três ou quatro coxins. Ao passamos em buracos, o peso do motor recai sobre seus apoios; quando um deles esta quebrado, escuta-se um ruído grave. O motivo pode ser identificado visualmente ou provocando a torção motor, puxando o freio de mão e tentando movimentar o veículo para frente ou para trás.
  4. Bieleta com folga. Esta peça da suspensão dianteira costuma não aparentar problema quando inspecionada visualmente. A maneira de identificar o defeito é retirá-la da suspensão e dar uma volta com o carro em baixa velocidade. Se o barulho sumir, é de bom substituir o par.

BARULHOS NA TRASEIRA
Na parte de trás do carro existem barulhos tradicionais como os de amortecedores sem ação, molas quebradas, escapamento solto, folga na fixação do estepe e macaco, tampão traseiro dos alto-falantes.
Os mais difíceis de descobrir são:


  1. Folga na fechadura da tampa da mala: a tampa traseira fica batendo. Existem alguns batentes de borracha na tampa traseira que, muitas vezes, caem, deixando a tampa com folga. Uma regulagem resolve.
  2. Pontos de solda soltos na lataria. Apesar de raros, eles costumam deixar qualquer mecânico louco. Geralmente o problema ocorre em veículos que sofreram grandes colisões.
  3. Folga na trava do encosto do banco traseiro. Este barulho só ocorre quando o banco está vazio; se alguém se sentar, o barulho some. Nestes casos, apesar de ser ilegal, alguns mecânicos chegam andar em ruas de paralelepípedo dentro do porta malas para identificar pontualmente o local do barulho...

BARULHOS NO MEIO DO CARRO
Esta região tem poucos focos de barulho, porém não menos chatos de serem identificados. Os mais comuns ocorrem dentro das portas, geralmente devido a instalações mal feitas como alto-falantes soltos e módulos e acabamentos mal fixados. Carros blindados são as maiores vítimas.

Os causadores de ruídos no meio do carro mais difíceis de serem desvendados são:

  1. Pinos de porta com desgaste: eles ocorrem em veículos com portas grandes e pesadas. Geralmente o barulho se confunde com um barulho na coluna ou mesmo na suspensão. Para identificá-los é necessário andar a 5 km/h em rua esburacada (e vazia) e abrir a porta em 10 centímetros: se o barulho parar, será necessário substituir os pinos. Às vezes uma regulagem na fechadura resolve.
  2. Bancos dianteiros. Atingem principalmente o do passageiro, geralmente quando está vazio. As causas são folgas no trilho ou no encosto de cabeça.
  3. Fixadores do cinto de segurança na coluna: eles também costumam fazer barulhos intermitentes.

Lembre-se: um veículo possui milhares de peças que podem causar barulhos intermitentes. Procurar uma oficina especializada em determinada marca é interessante, pois a experiência poderá encurtar o tempo de permanência do veículo na oficina.

Fonte: Oficina G1

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